segunda-feira, outubro 31, 2005

Almada, Poeta Futurista e tudo - #1

A noite rimada

Pela serra ao luar
ia um menino sozinho
sem sono pra se deitar.

Ia o menino a pensar
porque seria ele só
sem sono pra se deitar.

Ia o menino a pensar
que há tanto por pensar
e a cidade a descansar.

Ia o menino a pensar
porque seria ele só
sem sono pra se deitar.

Quem dorme sem ter pensado
deve ter sono emprestado
não é sono bem ganhado.

Ia o menino a pensar
como poder arranjar
muita força pra pensar.

Ia o menino a arranjar
muita força pra pensar
o próprio sonho ganhar

Almada Negreiros

E quantas vezes já não ficamos, sem dormir, a pensar neste ou naquele problema...

Boa Semana! E um bom fds prolongado, para quem puder ! :)

quinta-feira, outubro 27, 2005

Suave, Suave - BAN

Hoje, após a vitória (fraquita!...) do Porto sobre o Marco, sentei-me no sofá a ler, e passando os olhos pelos cd's, para escolher uma música que acompanhasse a leitura, dei de caras com um cd antigo dos BAN.
Coloquei o cd a tocar e relembrei os idos fins dos 80's e principio dos 90's! Integravam esta banda nomes como João Loureiro, Ana Deus entre outros.
Quem não se lembra de Dias Atlânticos, Surrealizar, Irreal Social e tantas outras canções que populam ainda hoje a minha memória...

Para recordar!

Deixo aqui uma pequena e "suave" recordação...

suave - BAN

2005.10.27 - 22:45 :
PS : Como os comentários colocados neste post citam muito o Irreal Social dos BAN, faço-vos a vontade, e cá fica também ... Irreal Social, dos BAN


Irreal Social - BAN

segunda-feira, outubro 24, 2005

Recado ...

ouve-me
que o dia te seja limpo e
a cada esquina de luz possas recolher
alimento suficiente para a tua morte

vai até onde ninguém te possa falar
ou reconhecer - vai por esse campo
de crateras extintas - vai por essa porta
de água tão vasta quanto a noite

deixa a árvore das cassiopeias cobrir-te
e as loucas aveias que o ácido enferrujou
erguerem-se na vertigem do voo - deixa
que o outono traga os pássaros e as abelhas
para pernoitarem na doçura
do teu breve coração - ouve-me

que o dia te seja limpo
e para lá da pele constrói o arco de sal
a morada eterna - o mar por onde fugirá
o etéreo visitante desta noite

não esqueças o navio carregado de lumes
de desejos em poeira - não esqueças o ouro
o marfim - os sessenta comprimidos letais
ao pequeno-almoço

Al Berto

Boa semana para todos! :)

sábado, outubro 22, 2005

Ah, que saudade eu já tenho do Verão!

Agora que o Inverno já se começa a sentir, que devagarinho, devagarinho, o céu fica cinzento e as nuvens aparecem, e ... com elas a chuva, sabe bem recordar o verão, o calor...















a praia da minha "Janela"

Hum, "eu gosto é do Verão" ...
Lá vamos ter um fim de semana invernal !

Bom fim de semana :)

quarta-feira, outubro 19, 2005

Afinal ainda há esperança!


Hoje lá estive a assistir ao FCP, com uma dose de "sofrimento" grande, dado que, depois de sábado, as perspectivas não eram lá muito boas.
Mas, ainda assim, Portista é Portista, e tem que acreditar sempre!

O Porto mostrou uma melhoria grande, e o Co Adriaanse, dando a mão à palmatória, lá trocou meia equipa, reforçando a defesa - que bem precisava! - sem descorar a frente de ataque.
Mas o Inter é sempre o Inter, e a rapaziada até nem se portou lá muito mal!
Depois da desgraça de sábado, julguei que a coisa iria ser negra, mas felizmente enganei-me!
O Porto reagiu e lá consegui arrancar uma vitória que nos torna a por "em jogo" para a Champions.
Agora, resta à equipa portar-se assim no que resta da Liga, levando-o o FCP rumo à VITÓRIA!

Afinal, ainda há esperança!

terça-feira, outubro 18, 2005

Porque ...

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello Breyner Andresen

E porque a Sophia é eterna!

Boa Semana! :)

quarta-feira, outubro 12, 2005

"Tears of the Sun" - Operação Especial

Ontem à noite, voltei à sala de cinema da RTP para rever um filme interessante - Tears of the Sun - com muita acção, e um bom desempenho do Bruce Willis, que estava muito bem ao lado da Monica Bellucci!

Um filme cheio de acção, com uma dinâmica interessante, em que a câmara se move a uma velocidade impressionante, por entre a selva africana! Não deixa, no entanto, de abordar uma temática tão assustadora como actual, referente às lutas pelo poder em muitos países africanos, que sistematicamente leva ao genocínio de populações inteiras - a Somália, o Ruanda entre outros, são bem exemplo disso!

Foram duas horas bem passadas!

(Para quem ainda não viu este filme, deixo aqui o trailer de apresentação do mesmo)

segunda-feira, outubro 10, 2005

Gedeão

Eu, quando choro,
não choro eu.
Chora aquilo que nos homens
em todo o tempo sofreu.

As lágrimas são as minhas
mas o choro não é meu.

António Gedeão
In "Movimento Perpétuo"-1956

Boa semana! :)

quinta-feira, outubro 06, 2005

Relembrando o MESTRE da guitarra portuguesa : CARLOS PAREDES


Hoje apetece-me recordar o grande mestre da guitarra portuguesa Carlos Paredes.
Relembro aqui as noites passadas... da boémia das queimas no Porto (engenharia, engenharia, engenharia!...), em especial uma noite na queima do Porto/93 em que após ter ido assistir a um espectáculo do Carlos Paredes no Coliseu, tive o privilégio de o conhecer pessoalmente, no bar Ribeirinha. Estava acompanhado pela Luísa Amaro, e foram horas de grande extase, assistir a uma sessão de guitarra portuguesa, à mesa com Carlos Paredes (saudade!).

Ao Carlos Paredes, onde quer que esteja, está sempre na minha memória.

A minha Homenagem!


Canção de Alcipe - Carlos Paredes

Movimento Perpétuo- Carlos Paredes

quarta-feira, outubro 05, 2005

Dia da República Portuguesa

(imagem tirada do site da presidência da república)
Aqui fica a minha homenagem aos 95 anos da República Portuguesa, que, a meu ver, não está de grande saúde...
Melhores dias virão (espera-se!)